O Esporte
O ESPORTE
Única disciplina do Hipismo do Programa Paraolímpico, o Adestramento Paraequestre é a 8ª disciplina esportiva da Federação Equestre Internacional (FEI), sendo praticada por pessoas portadoras de necessidades especiais(PPNE).
Os benefícios da equitação terapêutica são conhecidos desde 460 a.C. e sua prática adotada nos países europeus ao longo da história. A partir da década de 1970, no entanto, esta forma de reabilitação física e social de pessoas com alguma deficiência ganhou também o status de competição por iniciativa de países como Escandinávia e Grã Bretanha. Nascia o Adestramento Paraequestre.
No Brasil, a equitação terapêutica foi adotada também na década de. O conceito esportivo, no entanto, só se concretizou a partir de 2000, tendo Gabriele B. Walter como pioneira na ministração de cursos e busca do apoio da Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) que passou a regulamentar o esporte a partir de 2002.
As categorias
Grau Ia – O atleta faz sua reprise ao passo; no Grau Ib se apresenta no passo e trote; no Grau III o atleta compete no passo, trote e galope e no Grau IV faz sua apresentação no passo, trote e galope com trabalho lateral.
Grau IA e IB – Fazem parte deste grupo “cadeirantes” (usuários de cadeiras de rodas) com pouco controle do tronco ou comprometimento da função nos quatro membros ou com ausência de controle de tronco e boa funcionalidade nos membros superiores, ou controle de tronco moderado com comprometimento severo nos quatro membros.
Grau II – Nesta classe estão cadeirantes ou aqueles com comprometimento locomotor severo, envolvendo tronco e com boa a razoável funcionalidade dos membros superiores ou atletas que possuem comprometimento unilateral severo. Geralmente estes atletas são capazes de andar sem ajuda. A classe engloba, ainda, pessoas com comprometimento unilateral moderado, comprometimento moderado nos quatro membros ou comprometimento severo dos braços. Cegos totais de ambos os olhos também fazem parte desta classe.
Grau III – Nesta classe estão as pessoas que são capazes de andar sem auxílio, mas que possuem comprometimento unilateral moderado, comprometimento moderado nos quatro membros ou comprometimento severo dos braços. Cegos totais de ambos os olhos também fazem parte desta classe.
Grau IV – É a classe que engloba atletas que possuem um ou dois membros comprometidos ou com alguma deficiência visual.
As provas de Adestramento Paraequestre obedecem a critérios conforme a competição. Em campeonato, por exemplo, atletas apresentam movimentos pré-determinados pelo Comitê Internacional Paraequestre (IPEC). Nas apresentações “Estilo Livre” os atletas criam suas “rotinas” (figuras, no Adestramento Clássico) incorporando movimentos exigidos de modo a demonstrar harmonia entre o cavaleiro e sua montaria. Existem, ainda, as “duplas livres”, competição opcional em que atletas executam rotinas (figuras) aos pares.
Para um país participar como equipe em competições internacionais é obrigatório que o time seja formado por 3 ou 4 atletas, onde pelo menos um deles deve pertencer ao Grau I ou II.
Os atletas dos Graus I, II e III apresentam suas reprises (exercícios) em pistas de 20mx40m, enquanto os de Grau IV em pistas com medida de 20mx60m.
A pista deve oferecer níveis de segurança maiores do que as pistas convencionais. Para isso, a areia, ao contrário do Adestramento convencional, é compactada para facilitar a locomoção do cavaleiro.
As letras de posicionamento são maiores para facilitar a leitura e a identificação. Uma sinalização sonora é usada para orientar o atleta cego: são os “chamadores”, que gritam letras conforme o cavaleiro se aproxima de um obstáculo. A proposta do nosso projeto é substituir os chamadores por campainhas controlada pelo cavaleiro.
Comentários
Postar um comentário